24 novembro 2009

Sou simpática. Não vou por isso dar pra você!!!


Talves eu devesse lhe contar o quão ridicula são suas excursões ao meu mundo, fingindo que está só de passagem e que nada por aqui lhe interessa de verdade.
Talvez. Mas você sabe, não faria isso por caridade. Você não merece e além do mais é bem divertido te ver digerir com dificuldade tanta história e não fazer idéia de como pode caber tanta coisa suja em tão poucas décadas de vida.
Estacionado aí enquanto me vê desfilar todo o meu arsenal de malícia, se satisfazendo com meu mal humor, por já ter desconfiado (garoto esperto!) que não há nada mais aqui para você.
É divertido, mas talvez eu devesse mesmo alerta-lo da falta de originalidade de suas propostas "subliminares" (qualquer criança saberia o que você quer com esse excesso de atenção).
E é sempre assim e eu há muito desisti de entender vocês... Chegam e descobrem um ou outro detalhe a meu respeito e acham que vão tirar algum proveito da situação. Fiquei curiosa agora, baseados em que vocês acham isso? Já vi dezenas de vocês passarem por aqui, admirados e pedintes... e sairam com os braços doloridos de tanto estender as mãos. Não pingo moedas nas mãos de medingos, já tenho o meu flageladinho pessoal e acho errado isso de banalizar a probreza (mesmo que sexual) .
O que os leva cometer o mesmo erro é uma incógnita para mim.
Já me viram subir a Afonso Pena lá pelas tantas com um shortinho enfiado no rabo?
Dar mole para meus superiores algum dia, já viram? Mesmo sorrir quando não estou a vontade ou bajular chefe a troco de algum benefício, me diz, já viu?
Então amigo, o que o leva a crêr que minha tarefa aqui é faze-lo feliz? Que vou ajuda-lo com seus probleminhas? Não, eu não vou. São SEUS problemas e além de tudo muito desinteressantes. Matariam qualquer analista de tédio! Sabe o que você me lembra as vezes? Estes senhores exibicionistas que ficam em horários estrategicos em lotes vagos esperando as adolecentes passarem para lhes mostrar o seu pau. Nunca entendi a lógica desta ação, acho que o que os leva a fazer isso é o simples prazer de se mostrar mesmo. Ou será que eles acham que as mocinhas serão tomadas de um tesão vertiginoso e se lançarão lote vago a dentro com eles para lhes satisfazer todos os desejos???
Você acredita que elas iriam?Crêem mesmo que sua ereção me comove?
Ah, qual é parceiro. Uma ereção de idéias lhe cairia muito melhor...

05 novembro 2009

Jovem, cachorra e feminista!

Um único encontro, uma trepada inconsequente... aquela epoca em que toda fêmea e tomada por uma fúria úterina e não consegue controlar seus impulsos...
Se alguém a tivesse consultado talvez ela dissesse que estava disposta a abrir mão do “previlegio” de ser mãe. Mas a quem interessaria a sua opnião? E ela está agora cumprindo o seu papel social de por filhos no mundo, filhos estes que se não chegam a ser indesejados, não são desejaveis todo o tempo!
E pariu sozinha, sem assistencia alguma... não por que foi vitima do sistema de saude brasileiro, mas pelas noticias acho que se tivesse buscado ajuda, poderia ter sido.
E ela os cria sozinhos, o que não a torna pioneira, este é um fenomeno bastante comum atualmente, sociólogos chegam a apostar que esse é o novo modelo familiar, composto por mãe e filhos, onde o papel do homem está seriamente ameçado, o que pode dar certo ou não. Tá cheio de histórias bem sucedidas por aí e outras tantas não.
Mas pelo menos para ela, ainda não é hora de pensar nisso. De mais a mais, seus filhotes já são um fato. E seriam muito mais seus do que do pai, mesmo que ele estivesse aqui. É sempre assim... os filhos são muito mais das mães do que dos supostos pais, não se lembra de ter ouvido alguma vez um único xingamento no estilo “seu filho de um puto!” ou alguém ser perguntado “ se o seu pai não te deu educação?” A bola tá com ela! Só por que numa seleção genética arbitrária calhou de nascer fêmea.
Agora deu pra pensar em coisas como a evolução da ciência, sonhar com o dia em que os machos tambem poderão amamentar. Não seria uma má idéia hein? Estes bêbês poderiam arrumar um outro lugar para coçar os seus dentinhos infernais. Por que no inicio não era tão ruim, foi como alguém disse, você consegue até sentir tesão. Um prazer quase  incestuoso.
O problema são os dentinhos que ameaçam nascer, seus filhotes  não se decidem se querem seu leite ou sua carne,  eles hoje não se contentam só em suga-la, eles a mordem na ância de sobreviver.

- Eu tinha seios até jeitosinhos viu? Eu não reconheço estas mochibas... que diabos estes bêbês estão fazendo comigo? Eu não tenho tempo para fazer coisas que eu gosto, nem mesmo as coisas que eu preciso, como me embolar num cantinho do sofá e tirar uma soneca,vocês não esperam que eu esteja bem disposta para criar estes bebês sem exercer o meu sagrado direito ao sono?"

- Eles mordem, não me  deixam dormir e preferem a companhia um dos outros á minha, a não ser quando estão com fome. Hoje é só para isso que eu sirvo... sou uma tetona ambulante!

- Que o garoto já seja assim ordinário desde o berço eu até posso entender, por que a natureza o protegeu dessa agrura, ele e jamais saberá em nenhuma fase de sua vida o que é esta experiência. Mas a menina? Algum dia vai experimentar algo parecido, e é a que mais me esfola! A desunião de nossa classe passa também pela relação mãe e filha, dificílima! Eu desejo sem o menor remorço que ela passe por isso algum dia, como as crianças de hoje são cada dia mais precoces eu posso prever que não vai demorar.

- Eu ate tive mais tempo de juventude, cuidaram para que eu não ficasse prenha tao logo eu me liguei no sexo oposto. Uma princesinha encastelada... custo a acreditar que sinto falta das privações que me impunham... a vida mais tarde se revelaria nada doce pra mim. Que saudade de querer dar uma volta e ser impedida, "jovem demais pra isso'.  - Que saudade do tempo que eu era só uma cachorrinha safada! Ah, o meu corpinho tenro que eu exibia com orgulho, a macharada toda de olho no meu rabo!

- Me tornei mãe ao mesmo tempo que me tornei feminista, não sei como vocês outras mães não passaram por esta mesma transformação... não tem como saber o quanto é duro ser mulher, até que se invente de parir... aí comecei a pensar em coisas que não pensava antes. Alguém podia fundar uma ong feminista (eu não, não tenho cabeça pra isso.) de apoio a ex cachorras safadas que se tornaram mães. A gente junto podia fazer pressão naqueles cientistas (a maioria é homem), o que acham? Exigir prioridade na resolução de nossos problemas, sair as ruas gritando coisas como “Cachorras, pelo direito de decidir!” nos apropriar de bandeiras históricas, adaptala-las a nossa realidade. O que acham de  "Cachorras oprimidas do mundo, uni-vos!"  Pense nisso amiga cachorra, essa luta não poderia ser também sua???



Citações engraçadinhas...

"Quando você vai amamentar, a libido cai para o pé."


- Mariana Ximenes, atriz

Fonte:Revista VEJA Edição 1950 . 5 de abril de 2006

"Não só a libido, os peitos também.”

- Fernanda Young, escritora em resposta a matéria da Veja , no programa Irritando Fernanda Young, do canal GNT


E sérias, mas cheia de graça...


"Já é permitido às mulheres evitar a gravidez recorrendo à matemática mas ainda é lhes proibido recorrer à química e à física."

Henry Louis Mencken (sobre o aborto)


03 novembro 2009

Noivos Malditos


Quando os noivos são dois malditos.
Quando passaram boa parte da vida mentindo para os outros.
Quando ela, embora 11 anos mais jovem já acumula pecados semelhantes aos dele.
Bem, talvez eles dispensem a cerimônia na igreja, com a desculpa de não terem uma religião quando o real motivo para fazê-lo e a preocupação que nem seus pais dêem as caras por lá.
Talvez ela abra mão de um enxoval luxu(ri)oso, talvez parta munida só de sua desesperada vontade de fazer dar certo.
Talvez ele fuja da instituição onde se encontra se desconfiar de tanta subjugação.
Talvez ela conte a ele, talvez não.
São dois malditos de quem os pais almejam se ver livres, mas não juntos. Por que sozinhos eles já não eram fáceis, agora com essa maldita história de casamento...
Mas os planos de noivos malditos não se diferem muito dos planos de qualquer outro casal. Eles querem e apostam alto na felicidade.
Malditos sortudos! Ja têm um apartamento os esperando com tudo dentro.E ela sonha que já vive lá com ele todas as noites, e acredita (quem diria) em seu mais que jurado amor.
Ele duvida um pouco do dela, mas quem tem certeza absoluta de alguma coisa quando se trata de seu caráter?
O máximo que ela pode esperar é fé. Ela desiste de ganhar amor no grito.
Talvez esse estranho casal seja mesmo a única testemunha nessa terra (Deus é a maior delas) da grandiosidade e sinceridade de seus planos.
Ela se queixa por que adora público e não terá, mas admite a contra gosto que essa história maldita é como toda grande história de amor, sem sofrer as devidas resitências jamais renderá uma boa biografia.

Para um amor vegetariano...

Saudade, bichinho arredio.
Dificuldade de relatar sem me exibir.
Fazem dez anos, mas ainda assim tem a capacidade de doer ao ser lembrado. E me atrevo (mesmo sem a formação adequada para tanto) a vincular algumas deformações que eu apresento em meu caráter a essa série de "não acontecimentos" da qual eu falo a seguir.
É um história enfadonha de não realização. Cansativa, igualzinha a de um monte de gente por aí... A história de um amor puro e muito bobo, que não sabia infelizmente a força criadura que possuia e tão pouco como a partir daí  passaria a desconstruir tudo (para não dizer liquidar!) e habituar-se a não ter, a não achar que pode ou que merece.
São desta época as únicas poesias honestas que foram escritas, mas que seriam não honestamente reformadas todas as vezes se inventasse um novo amor. Todas! Orignalmente escritas para ele... Surpresa! Nenhum de vocês outros me inspiraram a tanto. Mas tudo bem, eu os deixo exibi-las por aí como autênticas provas de que foram amados por mim....
"A desgraça é que tudo é lembrança!" e o que o trouxe a tona de novo foi um filme que eu já havia visto mais de uma vez, e mais de uma vez me emocionado. Chama-se Nunca fui beijada... comédia romântica típica, nada de especial. Exceto uma citação da atriz principal no fim do filme,que emociona por que é verdade e embora o filme seja do ano de 1999 é muito óbvio e sempre atual. É sobre o fato de toda menina ter um garoto por quem vai escola todos os dias... (com a voz da Drew Barrymore narrando e trilha sonora fica muito emocionante mesmo! Eu juro!) bem, este garoto era você. E para meu horror isso não era segredo para ninguém. Sabia que ainda hoje pessoas que nos conheceram juntos ligam a minha história a sua? Vez ou outra sou perguntada sobre você como se a gente jamais tivesse deixado de coexistir. Tamanha a força daquilo que nós nem vivemos plenamente.
Alguém dirá que essa é a coisa mais natural do mundo, nada original e que todos os dias em colégios no mundo inteiro estão se formando jovens casais.
Algo que aconteceu há mais de dez anos, nem mereceria ser aqui relembrado. Mas eu insisto que merece! O "não-ocorrido" hoje mais do que nunca experimenta importância.
O que nós não fizemos e eu depois fiz inúmeras vezes sem você poderia sim ter mudado o rumo da minha história (e, Deus! De tanta gente...)
Por que, se nós já tivessemos feito eu não conheceria o cara com quem eu também não fiz (não como se deve) por que ainda esperava fazer com você, e com quem por isso eu resolvi apelar para formas "alternativas". Que transformou hoje, o fazer em um inferno! (Pausa para fumar um cigarro, a pior coisa que aprendi a fazer depois de você. Mas a respeito disso eu ainda não sei vou como responsabiliza-lo)
Outro exemplo, esse homem que eu hoje tenho cativo, só me idolatra  pela minha coleção de erros graves e falhas de carater. E esta "invejavel" coleção (que eu insisto em chamar de autenticidade e que acaba sendo o que eu tenho de melhor infelizmente) eu só adquiri tirando o atraso de coisas que eu deseja mas reprimia no tempo que nós coexistimos, e passando a pratica-las em escala industrial.
Você hoje figura num seleto grupo de pessoas que não me amaram com angústia, é minha lembrança mais bonita, de um tempo em que pré-requisito pra uma música ser boa ou não era o fato de estar cantando o amor que eu achava que vivia.
Faltava ali maturidade pra lidar com algo tão imenso (Por que quando a gente é pequeno tudo parece enorme!) maturidade essa que me vem e volta ainda hoje.
Faltava a tal autenticidade que ironicamente só adquiri por que cheguei a conclusão que não fizemos, que não fomos, por que eu não a possuia.
Me lembro de ter caçado você muitas vezes quando eu já estava de posse dela.
Eu ia a qualquer lugar onde me dissessem que você poderia estar, vestindo invariavelmente a minha tão sonhada autenticidade, as coisas novas que eu tinha aprendido, um vestido curto e alguma coisa de strass.
Foram raras as vezes em que fui presenteada com um reencontro, e todas as vezes revelavam que eu nunca estive pronta pra você. Eu não poderia receber você nem aos 40. Seria até criminoso da sua parte... por que diante de você eu jamais deixei de ter no máximo 17.
Eu ainda sou quando penso em você, como agora, a menina bonita e sem consciência disso que você abraçou quando nos despedimos na formatura.
Nós não fizemos. E mais tarde eu fiz com todo mundo. Era simples demais... por razões variadas ou sem nenhuma razão. Eu só não fiz com você!
Uma perna para o lado, a outra pro outro... e receber em mim a única coisa de você que ainda não conhecia. Eu provavelmente não gosaria, por que estaria muito preocupada em te imprecionar. Foi exatamente assim quando aconteceu, só que sem você.
Eu tinha medo do que você representaria para mim se um dia fisessemos. Que tolice! Não fizemos e você ainda assim representa muito, talvez bem mais do que se tivessemos feito. Por que se assim o fosse você seria simplesmente o primeiro.
Não fizemos, e você vai ser pra sempre a história de uma triste amputação.
Sim. Por que foi isso que aconteceu depois. Esse é o resto da história se ela for contada por alguém mais sincero que eu.
Por que aquela menina teve seu coração amputado. E com ele a sua pureza (justamente a que ela achava que perderia em seus braços, e teve medo) e não só... em suas andanças deixou cair por aí a sua capacidade de ser fiel por mais que goste. Ela se tornou uma paraplégica sentimental, que hoje se orgulha de não valer o sal do batizado. E gostaria que você estivesse aqui pra ver o que foi feito dela.
Mas não, acho que mesmo agora, diante de você eu teria no máximo 17, e te contaria quase tudo o que se passou comigo em tom confessional, como se falasse a um padre. Não arrempedida, mas provavelmente chorando e te implorando pela chance de viver ao seu lado mais algum tempo, quando também de novo não fariamos mas experimentaria outra vez aquele desejo pubescente e o não atrever. A delícia de te amar vegetarianamente...
Isso aqui não é de jeito nenhum uma declaração de culpa tão pouco um lamentar qualquer coisa, isso é uma reflexão que pude fazer num raro momento de paz. Uma tentativa de prever do final para o ínicio  alguns acontecimentos... coisa que gosto de fazer na minha inúltil busca por certezas. Quando na verdade tudo o que se pode ter é fé!